Como é sua relação com o dinheiro?
Andréa Rodrigues
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quinta-feira, 5 de maio de 2011
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Você vive em função de ganhar dinheiro? Parece que ele sempre é
insuficiente?Tem medo que ele falte?
Muitos perguntam se a energia do dinheiro é positiva ou negativa. O dinheiro
por si só é um instrumento de interação na sociedade. Podemos fazer um paralelo
entre a energia do dinheiro e a energia das palavras, que também é um
instrumento de interação e troca. As palavras são apenas um conjunto de letras,
mas o significado e o sentimento dão a elas uma função e uma energia. Se
enviamos e recebemos as palavras com intenção positiva, a energia bem
provavelmente também será. O mesmo se aplica às intenções negativas. Temos o
poder de transformar palavras que denotam algo negativo em algo positivo, assim
como o seu inverso. Assim, quem coloca a energia nas palavras ou no dinheiro
somos nós mesmos.
A energia do dinheiro em nossas vidas está vinculada às intenções que
colocamos nele ao recebê-lo ou gastá-lo. A maioria de nós, em um nível
consciente, quer e gosta de dinheiro, pois ele nos permite transformar alguns
desejos de ter e fazer algo em realidade. Mas, em nível inconsciente, muitos
trazem crenças como:
- A vida é uma luta.
- É preciso sofrer para conquistar e construir.
- Dinheiro sempre é insuficiente.
- Tenho medo de ficar pobre.
- Não posso gastar, se não vai me faltar.
- É preciso passar por privações para ser espiritualmente evoluído.
- Sinto culpa em ter muito, pois muitos não têm nada.
Você, em um nível consciente, pode querer muito ser bem-sucedido
financeiramente. Mas se em um nível inconsciente traz crenças que são
contraditórias, isso se refletirá em sua relação com o dinheiro.
Crenças como "a vida é uma luta" ou "é preciso sofrer para conseguir o que se
quer" são algo em que podemos escolher acreditar ou não. Isso não significa que
o dinheiro caia do céu em nossas mãos, mas também não é preciso se torturar em
um trabalho que não tem nada a ver com você porque você precisa de dinheiro para
sobreviver. Trabalhar e ganhar dinheiro não precisa significar esforço
demasiado, e muito menos sofrimento.
Consumismo pode estar relacionado a insatisfação com o
trabalho
Você percebe que por trás do seu dinheiro vem o seu trabalho, suas atividades
e suas ações? Você apenas troca seu trabalho por dinheiro para que volte a
trocar por outras coisas. Percebe que a intenção e sentimento em relação ao seu
trabalho podem imprimir de maneira muito significativa seu sentimento em relação
a esse dinheiro? E se foi tão duro fazer esse dinheiro, deve ser muito duro
gastá-lo também, pois surge sentimento de culpa, de medo, de peso.
Muitas pessoas quando não estão felizes têm ainda mais vontade de comprar
para sentirem-se melhor. Se alguém trabalha em algo que não se sente bem, poderá
ter surtos consumistas para compensar seu mal estar. Isso a torna ainda mais
dependente de seu trabalho desagradável, pois ela tem de trabalhar cada vez mais
para pagar aquilo que comprou para se sentir melhor, formando assim um círculo
vicioso.
Por outro lado, existem aqueles que trabalham no que gostam, às vezes
ganhando menos do que poderiam fazendo outro trabalho com o qual não se
identificam. Porém, ao estarem mais satisfeitos, têm menos necessidades
consumistas. Assim, mesmo com salário menor, sentem-se mais realizados e
felizes. O dinheiro toma outra energia e ganha outra dinâmica.
É importante lembrar que o dinheiro nos possibilita o ter e o fazer, mas não
o ser. Sem essa distinção, a riqueza material passa a representar um fim, não um
meio de realizar algo para nos tornarmos a pessoa que queremos ser. Ganhar
dinheiro por ganhar, sem uma motivação especial, pessoal e autêntica, apenas
aumentará a sensação de que é insuficiente, porque essa escassez é interna e
humana e não externa e material.
O valor que o dinheiro tem é aquele que você dá a ele. E você, que valor tem
dado ao seu?
- Ao receber dinheiro sente gratidão ou sente-se como um morto de fome que recebe comida?
- Ao gastar seu dinheiro sente que contribui para o fluxo de trocas na sociedade ou que está gastando e perdendo de alguma maneira?
- Você economiza para comprar algo específico ou paraestar preparado para eventualidades ou apenas porque tem que juntar e não gastar para não sofrer o risco de faltar?
- Você associa dinheiro à sobrevivência e à escassez ou ao prazer e à realização? À obrigação de ter que ganhá-lo ou à gratidão de ser um meio para concretizar suas realizações?
Ao se fazer esses questionamentos, reflita sobre sua relação com o dinheiro.
Perceba quais sentimentos surgem e de que maneira eles podem estar lhe afetando
de modo positivo ou negativo. Nos próximos artigos, conversaremos sobre maneiras
de trabalhar esses padrões que você observou.
(via MSN)
(via MSN)
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